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20.4.11

'amigas para sempre'

   'Hoje, após uma noite atribulada e cheia de sonhos perturbadores. Acordei com uma única certeza, a de que não existe “sempre”, sobre nada nem ninguém!' - É desta forma que pretendo começar, este meu desabafo.
   Sem nos apercebermos, acabamos sempre por depositar demasiada esperança em pessoas incapazes de 'responder' às nossas expectativas. Partilhamos segredos, confissões, sorrisos, tristezas, palavras essenciais. Porém, quando passa a bonança, não deixam de ser meros momentos superficiais que com o tempo, mais cedo ou mais tarde, se tornarão em  meros minutos perdidos. 
   Há muito tempo que já tinha desistido de acreditar nas palavras 'amigas para sempre', mas ainda há quem teime em fazer querer que algumas amizades podem ser 'para sempre', tenho motivos para acreditar que não são. Mas também tenho motivos para me alegrar, de todas as (pequenas) amizades que tive até hoje, mas não posso dizer que alguma foi conseguida na totalidade. Por mais que isso nos escape entre os dedos, há sempre algo que abala essas amizades: a distância, o tempo, a indiferença, a mudança, (ou simplesmente) a superficialidade. No meu caso foram muitas as razões, mas a que mais me incomoda é a superficialidade. 
'Como é que as pessoas podem ser tão superficiais?'
Dão tudo o que têm, ou (apenas) aparentam dar. Partilham sentimentos, depositam sonhos e esperanças, que depois se tornam em meras palavras saídas da boca para fora nas quais não investiram qualquer sentimento verdadeiro.
   Já caí (mais do que uma vez) no erro de acreditar em pessoas que acabaram por revelar-se ser o que eu mais temia. Meros indivíduos que passam pela nossa vida, assim como tudo, de forma repentina sem vontade alguma de permanecer. E assim, partem, como todos os outros. Dessa forma, acabam com mais uma réstia de esperança que ainda existia, de aquela poder ser a 'amiga para sempre'. Que deveria permanecer sempre a teu lado, com quem poderias partilhar tudo e jamais vires a sentir arrependimento do que possas ter partilhado com ela. 
Mas isso já me aconteceu! 
   Mais uma vez, outras pessoas aparecem e entram no lugar que alguém (um dia) já ocupou. E novamente, voltam a revelar-se. Por mais que tente acreditar nas suas palavras, para mim são vagas, 'azedas', meras superficialidades que se baseiam em amizades por interesse, conveniência, ou de proximidade. 
   Sou imune à falsidade, e não sei lidar com ela. Por essa razão, sou incapaz de conviver com alguém que não goste, mas o contrário acontece com muitos dos que me rodeiam. 
São poucos (ou nenhuns) aqueles que permanecem connosco, por tempo indeterminado.           
    Toda a história tem o seu lado bom e o seu lado mau, este que tentei mostrar foi o lado mau da minha história, mas (como disse) também esta tem o seu lado bom e provém da única certeza que tenho, a de que os verdadeiros, esses sim, estão sempre a meu lado (passe o tempo que passar). A eles eu não preciso dar certezas, razões, ou motivos, porque essas estão mais do que garantidas!  






 

2 comentários:

Cynthia Brito disse...

Ah, Paula, o selo de número 10 e 53...
Fica a vontade para levar o selo oficial também.
beeeeeijo

Inês Rafael disse...

À tanto tempo que não escreves amor :s
Tenho saudades tuas. E obrigada por tudo, mesmo!